A Aids na África: Uma epidemia causada pelo "planejamento familiar"
A epidemia atual
Desde a descoberta da Aids no final da década de 70, já morreram por sua causa 25 milhões de pessoas, das quais 3 milhões só em 2002. A epidemia se propagou e na atualidade existem no mundo 42 milhões de infetados. Cinco milhões deles foram infetados durante 2003.
A principal vítima é a África subsaariana, que representa 70% dos adultos e 80% das crianças infetadas.
Já faz uns quinze anos que supostos especialistas asseguram que o crescimento da epidemia na África acontece por causa da transmissão sexual, principalmente através de relações heterossexuais (ao redor de 90%). Esta lenda aceita de forma consensual foi amplificada pela OMS, que a utilizou para promover os preservativos.
Da mesma forma que as outras organizações eugenistas, a OMS usou esta história para ocultar seus verdadeiros objetivos: Lutar contra a "superpopulação" dos povos considerados como raças inferiores. Já circulavam lendas sobre a promiscuidade sexual e a falta de moral dos africanos. Esses mitos estimulavam os revolucionários ocidentais que desejavam se livrar de suas inibições.
A publicação Gisselquist
Agora, tais lendas são refutadas de maneira bastante fundamentada por equipes de cientistas no prestigioso "Jornal internacional sobre doenças de transmissão sexual e Aids"[1] Trata-se de uma equipe integrada por 8 especialistas - americanos, alemães e franceses -, que sob a direção do antropólogo David Gisselquist reexaminaram as investigações relativas à epidemiologia do HIV que aconteceram na África desde 1988. Esta publicação consta de três estudos:
Por um lado, um primeiro relatório[2] trata de numerosas anomalias no desenvolvimento da hipótese de transmissão heterossexual da Aids na África:
- Foi comprovado que a atividade sexual na África não é maior que na América do Norte ou na Europa.
- Há uma incongruência entre as taxas de infecções sexualmente transmissíveis e as taxas de contaminação de HIV. Por exemplo, "durante os anos 90, o HIV se propagou rapidamente no Zimbabwe, a uma taxa de crescimento anual estimada de 12%. Ao mesmo tempo, o total estimado das infecções por transmissão sexual diminuía em 25%".
- Há pouca correlação entre as condutas sexuais de risco e a trajetória epidêmica. Por exemplo, Yaundé (em Camarões, país com uma prevalência baixa e estável [da Aids]) tem o índice mais alto de condutos de risco. Ndola (na Zâmbia, país que sofreu um rápido incremento do HIV) exibe a proporção mais baixa de homens e mulheres que manifestaram ter tido um caso extraconjugal nos últimos 12 meses. Os outros índices de Ndola são similares aos de Dakar (Senegal) e de Cotonou (Benin), regiões estas que também possuem um nível de prevalência baixo e estável.
- "Um estudo sobre a eficácia da transmissão do HIV na África, realizado a partir de dados provenientes de casais sorodiscordantes, mostrou cifras muito similares às obtidas de casais de países desenvolvidos".
- Foi observada uma maior prevalência de HIV nas mulheres dentro de um contexto pré-natal, de pós-parto ou de um aborto provocado do que no resto das mulheres de suas comunidades. Por outro lado, existem numerosos relatórios que informam sobre a existência de HIV em crianças que têm uma mãe soronegativa.
- Habitualmente, as taxas de doenças de transmissão sexual são mais elevadas nas populações pobres e de baixo nível educacional. No entanto, observa-se o contrário na África: As taxas de contaminação de HIV são mais elevadas entre a população urbana, com boa renda e escolarizada, quer dizer, entre aqueles que têm mais acesso aos tratamentos médicos.
O segundo relatório[3] retoma 22 estudos realizados desde 1988 e conclui que a contaminação de origem médica é mais importante que a contaminação proveniente de práticas seuxais:
- Existem mais contaminações por injeções do que por relações sexuais,
- A maioria das pessoas com Aids foi infetada dentro do contexto de relações monogâmicas duradouras,
- o status socioeconômico favorece a infecção com HIV,
- Há uma correlação entre o HIV e o frequente comparecimento a estabelecimentos hospitalares; as crianças, na maioria dos casos, foram infetadas por práticas médicas.
Os preconceitos relativos à sexualidade africana e o desejo de manter a confiança pública a respeito dos sistemas de saúde favoreceram o ocultamento desta catástrofe sanitária:
- as transfusões com sangue contaminado,
- a reutilização de seringas não esterilizadas para a vacinação e outras aplicações injetáveis,
- o uso de instrumentos cirúrgicos mal esterilizados.
O terceiro relatório[4] calcula de maneira empírica - quer dizer, mediante deduções realizadas a partir de medições efetuadas em diferentes estudos conduzidos desde 1988 - as taxas de transmissão heterossexual da Aids. Os resultados assinalam uma taxa que oscila entre 25% e 35%, longe dos 90% que a lenda garante!
O objetivo dos investigadores que realizaram esta publicação não foi polemizar, mas conhecer melhor a realidade, descartando as considerações oportunistas e irracionais do que é "politicamente correto" a fim de encarar uma luta mais eficaz contra a epidemia.
Com efeito, estes especialistas compreenderam que era possível existir “uma tendência que insistisse sobre a transmissão sexual da doença, o que servia como argumento para promover o uso de preservativos e coincidia com os programas e os esforços pré-existentes para reduzir o rápido crescimento demográfico da África".
Onde encontramos o lobby eugenista
Na verdade, aqui trata-se da conivência entre as ações humanitárias destinadas a melhorar a saúde da população (de origem estatal, da ONU, de iniciativas privadas ou até missionárias) e as campanhas eugenistas dos "controladores da população", que procuram reduzir as populações dos países pobres, com uma argumentação malthusiana totalmente estúpida e superada. Esta conivência produz o que se conhece como um enfoque "integrado" dos programas anti-Aids com os programas para a "saúde sexual e reprodutiva" (o que significa, em bom português, "a promoção do aborto, da esterilização e da contracepção"). |
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abortivo injetável Depo-Provera (ou Megastron) - apresentado enganadoramente como um "contraceptivo" - é de venda livre em toda a África subsaariana. Normalmente, este perigoso produto é acompanhado por uma bula que adverte sobre seus riscos (anomalias no feto, trombose, cegueira parcial ou total, etc.): na África, a bula apenas garante que o produto é seguro, que raramente apresenta efeitos secundários severos (hemorragias) e que não há motivos para inquietações. Devido a sua periculosidade, este produto é proibido nos Estados Unidos. Isto não impede que a USAID [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional] o distribua nos países do Terceiro Mundo.
As seringas que contêm este abortivo e que são distribuídas sem nenhuma precaução nem controle sanitário são o maior vetor de contaminação do HIV!
Por outro lado, a política de “safe sex” (preservativos), promovida pelos eugenistas, não tem nenhum efeito na redução do número de contaminações de HIV, contrariamente ao que acontece com as políticas que recomendam a abstinência e a fidelidade (ver os estudos efetuados em Uganda).
A USAID, o FNUAP [Fundo de População das Nações Unidas] e outros organismos exportaram bilhões de preservativos para a África, e de 40.000 vítimas de Aids em 1990, passamos para 40 milhões em 2000. No melhor dos casos, esses preservativos, em teoria, reduziriam o risco de contaminação com HIV em 85%. Isto é realmente insuficiente quando a população é enganada e levada a acreditar que se encontra 100% protegida, incitando-a a uma promiscuidade cada vez maior! Tal situação fez com que nossos amigos do Population Research Institute dissesem que "mesmo pavimentada com preservativos, a estrada da promiscuidade conduz à morte".
Por tudo o que foi exposto podemos afirmar sem dúvida que os progamas de "planejamento familiar" contribuíram a uma expansão ainda maior da Aids na África subsaariana. E, curiosamente, isto concorda com os objetivos eugenistas contra as "raças" negras.
Uma verdade incômoda
A publicação dos estudos Gisselquist provocou um profundo mal-estar tanto na ONU quanto em ONGs pretensamente humanitárias, que são, na verdade, organizações "despopulacionais" com orientação eugenista. Chegou a hora de que estas instituições abram o guarda-chuva para tentar conservar uma aparência respeitável. A OMS reuniu rapidamente alguns burocratas em Genebra, apresentados como um "grupo de especialistas". Estes se preocuparam por rapidamente elaborar um comunicado de imprensa[5] no qual reafirmam sua fé cega na contaminação sexual majoritária na África subsaariana, sem fundamentar tal afirmação na mais mínima referência a algum estudo sobre o tema.
Mais recentemente, um estudo financiado pela USAID e por outras duas organizações[6] salienta o papel jogado pela abstinência e pela monogamia na prevenção da Aids. Isto é novo e sem dúvida auspicioso, mas não se mencionam em absoluto as contaminações de origem médica!
Não se pode esperar que aqueles que cometeram estes crimes atrozes confessem de maneira espontânea. Em outros assuntos, como a contaminação de vacinas com a "vacina anti-gravidez", chegam inclusive a negar as evidências comprovadas.
A única maneira eficaz de impedi-los de continuar causando danos é cortar seus víveres.
© TDD julho 2004
Notas:
[1]. International journal of STD & AIDS, março 2003, Gisselquist e outros.
[2]. "Mounting anomalies in the epidemiology of HIV in Africa: cry the beloved paradigm", Brewer, Brody, Drucker, Gisselquist, Minkin, Potterat, Rothenberg, Vachon, pp.144-147. [Disponível aquí, publicado originalmente em http://www.rsm.ac.uk/new/pdfs/Std144intro.pdf ]
[3]. "Let it be sexual: how health care transmission of AIDS in Africa was ignored", Brody, Gisselquist, Potterat, Vachon, pp.148-161. [Disponível aquí ou em http://www.cirp.org/library/disease/HIV/gisselquist1/gisselquist1.pdf]
[4]. "Heterosexual transmission of HIV in Africa: an empiric estimate", Gisselquist, Potterat, pp.162-173. [Disponível aqui ou em http://www.cirp.org/library/disease/HIV/gisselquist2/gisselquist2.pdf]
[5]. "Les rapports sexuels non protégés sont le principal mode de transmission du VIH en Afrique souligne un groupe d'experts", 14 de março de 2003, http://www.who.int/mediacentre/statements/2003/statement5/fr/.
[6]. "Partner reduction is crucial for balanced "ABC "approach to HIV prevention", James D Shelton, Daniel T Halperin,Vinand Nantulya, Malcolm Potts, Helene D Gayle, King K Holmes, BMJ VOLUME 328, págs.891-893 10 APRIL 2004, estudio financiado pela USAID ; Global Fund for AIDS, Tuberculosis and Malaria ; Bill and melinda Gates Foundation (cf Microsoft) http://bmj.bmjjournals.com/cgi/reprint/328/7444/891.pdf